POR 1 BILHÃO O INSTAGRAM AGORA PERTENCE AO FACEBOOK

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O Instagram, aplicativo que já possui mais de 37 milhões de usuários agora pertence ao Facebook. O comunicado foi dado na tarde dessa segunda-feira pelo criador da rede social Mark Zuckerberg, através do seu próprio perfil no site. Segundo o site Mashable, a aquisição do Instagram custou a empresa de Mark Zuckerberg US$ 1 bilhão convertidos em dinheiro e ações

Nas redes sociais muitos usuários têm se mostrado contrários a adesão do app pelo Facebook. A reclamação se deve pela popularização do dispositivo. Inicialmente o Instagram permitia o compartilhamento de fotos exclusivamente pelo iPhone. Hoje sua utilização é possível através de todos os “I’s” iPhone, iPod touch e iPad e novos modelos de celulares. Usuários opostos a essa disseminação do aplicativo vem chamando o acontecimento de “orkutização”

Amenizando temores desses usuários sobre possíveis mudanças no Facebook e no Instagram. Zuckerberg explica na que o objetivo do acordo é fortalecer o aplicativo, e fazer o Instagram crescer de forma independente. “Ao invés de apenas tentar integrá-lo a tudo que existe dentro Facebook”, afirmou Zuckerberg em seu post.

Por Renata Diniz

Angry Birds vira desenho no segundo semestre de 2012

Imagens: Divulgação

Angry Birds vai ganhar uma série animada e ainda pode virar filme. Foi o que
a empresa de jogos Rovio, responsável pelo game divulgou no último sábado. O jogo
vem se tornando uma verdadeira febre na Internet. Lançado apenas no mês passado, o
jogo atingiu a marca de 10 milhões de downloads em apenas três dias. E jogado por 130
milhões de pessoas diariamente de acordo com o site CNET. O projeto anuncia que 52
episódios serão produzidos, e terão duração entre 2 à 3 minutos serão produzidos. Os
projetos da Rovio para Angry Bird vão além dos desenhos animados, que devem sair no
segundo semestre de 2012, um filme dos pássaros raivosos deve sair do papel até 2014.

Imagens: Divulgação

Em Cannes, na França. O diretor de animação da Rovio, Nick Dorra, afirmou
durante conferência que o projeto busca disponibilizar os vídeos para as mais diversas
plataformas. Segundo Dorra, as animações irão explorar o motivo da fúria das aves.

 

Por Renata Diniz

Concurso de Música Japonesa

No cenário underground da Casa Cultural Matriz pudemos conferir no último dia 2 de novembro a final do concurso de música japonesa, disputado inicialmente por 8 bandas,sendo 4 delas selecionadas para disputar a final. As bandas classificadas foram: J-Kai, YouKiko, Mandara e Tsuyosa. O concurso tinha uma comissão julgadora e também recebeu os votos do público, que escolheu a melhor banda por meio de cédulas de votação.

A fã de música japonesa Ângella Maris, de 21 anos, começou a assistir os desenhos animados do Japão aos 10 anos, quando Pokémon estreou na televisão brasileira. “Quem acha que anime é coisa de criança é porque não conhece.“ Ângella afirma que a grande maioria das pessoas não conhece o mundo dos desenhos nipônicos. Segundo ela, no Japão os animes são proibidos para menores de 18 anos. No Brasil ao invés de impor a censura, alguns animes têm trechos cortados. “Quando passou Samurai X, todas as cenas de violência foram cortadas pela TV Globo. Ou seja acabou o anime, porque era luta de espadas, e tudo que era luta eles cortavam. Aí já era.“ conta ela.

Já Willian César, de 29 anos, é fã dos animes desde criança e gosta de colecionar itens relacionados aos desenhos nipônicos. “Aqui no concurso eu só senti de falta de uma coisa: das barraquinhas vendendo bottons e outros produtos”. Ele conta que gasta em torno de 300 ou 400 reais todos os anos, com produtos relacionados a cultura japonesa, sendo em grande parte, DVD´s de animes (desenhos animados de característica oriental), jogos de vídeo-game, bottons, chaveiros, entre outros.

Ângella chama a atenção com seu estilo - Foto de Renata Diniz

Jennifer Gonçalves Ishitani, é filha de japonês e mora no Brasil há apenas 6 anos, e foi escolhida pelos organizadores como jurada do concurso. Ela, que é cantora de MPB e professora de japonês, não fazia ideia do sucesso que a cultura japonesa fazia no Brasil. Apenas quando foi convidada a participar de um Anime Festival por um de seus alunos, teve seu primeiro contato com os brasileiros admiradores da cultura de seu país natal. Ela afirma que os critérios de classificação das bandas candidatas ao título de melhor banda de musica japonesa de BH são: habilidade com os instrumentos, presença de palco, contato com o público e qualidade da apresentação, além da avaliação específica que cabe a esta jurada, que diz respeito a pronúncia correta do idioma japonês nas músicas. “A bandas estão surpreendendo, todas foram bem. Eu acho que vai ser muito difícil decidir.” Diz ela, em um português cheio de sotaque.

Apresentação da banda Youkiko - Foto de Renata Diniz

A banda vencedora do concurso, a J-Kai, ganhou como prêmio a gravação de um CD Demo, o que lhes permitirá a participação no maior festival de anime do Brasil, o Anime Friends em São Paulo, já que este festival exige que as bandas que toquem no festival tenham um CD Demo. De acordo com Ovídio Cleto, um dos cinco vocalistas da banda J-kai, apesar da grande dedicação da banda o prêmio não era esperado. “Para falar a verdade eu não estava esperando ganhar, e fiquei muito feliz pelo reconhecimento“. Ovídio conta que a banda existe há três anos, sendo que nenhum dos oito integrantes ganha nenhum dinheiro com a música, todos trabalham ou estudam em outras áreas. “Com esse prêmio teremos mais oportunidades. Em São Paulo tem o Anime Friends, que exige que a banda pra tenha um CD Demo para poder tocar no evento. Depois de ganhar este premio nos podemos pensar em tocar fora de BH, tocar em São Paulo.“ conta Ovídio, que agora faz parte da única banda de J-music (música japonesa) de Belo Horizonte a gravar um CD. Outra vocalista, a estudante de letras Melina Iasmin, conta que conheceu os outros integrantes concursos de karaokê que ocorrem nos festivais de animes de BH. Melina trouxe para o Concurso sua mãe, Maria Margareth, de 48 anos. A mãe de Melina conta que já se acostumou com as músicas cantadas em japonês e não vê nada de estranho nisso, dizendo ainda que as melodias e letras são muito bonitas. “A Melina gravou um CD para mim, só com artistas japoneses, que eu escuto sempre.“

A banda vencedora comemora - foto de Renata Diniz

Confira aqui um vídeo da banda vencedora J-Kai

Deputado Estadual Wellington Prado promove distribuição de Jornal para marketing político

Nessa quinta-feira ,06 de agosto.  Milhares de exemplares do Jornal Super Notícia foram distribuídos nas cidades de Contagem, Betim e Ribeirão das Neves. A distribuição gratuita desses jornais foi financiada pelo Deputado Estadual, Wellington Prado (PT). Ao ser questionado, um dos funcionários responsáveis pela distribuição , informou que o deputado estaria fazendo isso por conta de uma “reportagem”, ou seria propaganda?

Virado pra Lua : Luís Nachbin

Luís Nachbin é ao mesmo tempo produtor, diretor, repórter e cinegrafista

Aos 33 anos Luís Nachbin, descobriu o rumo que queria para sua vida. Hoje 15 anos depois, é o único jornalista que já produziu e dirigiu um programa “Globo Repórter,” onde ele fez sozinho uma viagem pela estrada de ferro Transiberiana, a mais longa do mundo. Em 1988, o jornalista carioca deu início a sua jornada viajando pelo mundo . O que começou como uma viagem sem rumo, se tornou numa carreira sólida, cheia de reconhecimento profissional. Buscando sempre fugir da fórmula, e em direção a criatividade. Nachbin defende o jornalismo literário. “O espectador deve perceber o repórter como uma pessoa, e não como uma máquina.”, explica o também professor de jornalismo da PUC-Rio.

Luís Nachbin acumula funções. Ao produzir suas matérias com uma câmera na mão, ele desenvolve o trabalho de repórter,cinegrafista, editor e produtor de seus documentários. Nachbin afirma que vê a câmera como parte do próprio corpo, e que as emoções sentidas durante a realização do documentário são transpostas de acordo com a movimentação da câmera. “Se eu tenho medo,eu me afasto. Se algo chama minha atenção, eu me aproximo. Seu eu me sinto ameaçado, eu me afasto mais ainda.”, explica o jornalista.

De segunda a sexta-feira, o canal Futura transmite o programa “Entre Fronteiras”, produzido e dirigido por ele.A série tem 20 episódios, que apresentam histórias de pessoas que vivem próximo as fronteiras do Brasil, de norte a sul do país. No programa ele não apenas narra as histórias, Nachbin interage com as pessoas envolvidas, e no final acaba se envolvendo.“Não posso ter medo de me expor ”,afirma o repórter, ao propor a humanização do jornalismo.

Programa contou a história dos refugiados do Haiti em Tabatiga, cidade no norte do Brasil

Em um episódio de “Entre Fronteiras”, fica claro o envolvimento de Nachbin com os personagens. No episódio em questão, Nachbin passou quatro dias com haitianos refugiados na cidade de Tabatinga, fronteira do Brasil com Colômbia e Peru. Foi documentado o cotidiano dos emigrantes, suas dificuldades e realizações, tudo na companhia do repórter. Segundo ele, o profissional não deve aparecer mais que os acontecimentos ou entrevistados, mas pode se permitir aparecer em segundo plano.

Para os estudantes de jornalismo, Nachbin mostra que é possível inovar. “Eu percebi que o jornalismo que ele faz não é uma coisa engessada, é muito diferente do que nós aprendemos da faculdade”. Opina Luiza Salles, estudante de jornalismo do quarto período. Para os estudantes de jornalismo, Nachbin dá uma dica. “Não se deve sair com uma pauta pronta, temos que sair dispostos a escutar o que as outras pessoas tem a dizer.”

Por: Júlia Velloso e Renata Diniz

Rodoviária de bh é palco para grandes histórias!

Igor Pimenta conheceu a namorada em uma micareta.

A bagagem de quem passa pela Rodoviária de Belo Horizonte está repleta de histórias fascinantes e lições de vida. Quem chega e quem vai leva consigo alegrias, dores, amores, esperança e religiosidade.

Julia Boynard, Keneth Borges, Marcela Soares, Maria Júlia Lage

Dormindo entre panos e papelões, enquanto esperava o horário do ônibus pala levá-la de volta à Santa Maria do Suaçuí no Vale do Rio Doce, Naiara Soares, de 17 anos, chamava a atenção das pessoas que transitavam pelo Terminal Rodoviário de Belo Horizonte. Na bagagem da jovem passageira, além de poucas roupas e objetos pessoais, uma história de decepção, tristeza e sofrimentos. A maior parte de seus pertences, ficou para trás, mas segundo ela, nada disso importa, além da criança que carrega em sua barriga.

“Logo que cheguei a Belo Horizonte comecei a namorar um rapaz. Ele sempre foi um pouco agressivo e mantinha relacionamento com algumas de suas ex-namoradas, mas nada que me incomodasse. Hoje, pela manhã, ele me expulsou da sua casa”, conta a jovem, que havia largado sua cidade natal, a 360 quilômetros da capital mineira abandonando os estudos, em busca de emprego na cidade grande.

Dramas como o de Naiara acontecem com frequência no Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, por onde circulam, em média, 40 mil pessoas todos os dias. Um olhar mais atento em direção aos transeuntes pode ajudar a descobrir histórias fascinantes, mostrando que as pessoas ali não carregam apenas malas, há quadros missionários, dor, saudades, reencontros e paixões arrebatadoras.

A jovem, que procura o caminho da volta para casa no Vale do Rio Doce, admite o desespero do abandono, mas busca forças no filho para continuar sua vida. “Meu filho precisa de mim. Meu filho não vai ficar sabendo de nada disso. Eu imaginava que o nosso amor seria para sempre. Eu não consigo imaginar como vai ser daqui para frente, é tudo muito recente ainda, só sinto a dor da perda”, revela.

Distâncias Mas nem tudo são dores. Logo adiante, um jovem apaixonado enfrenta a estrada para rever o seu amor. Igor Pimenta, 21 anos, conheceu sua namorada em Porto Seguro no litoral da Bahia, nas últimas férias. Porém, ele não sabia que o seu amor morava a 278 quilômetros, em Campos Altos,na Região do Alto Paranaíba. “Passamos 60 dias juntos em Porto Seguro e depois começamos a namorar. A gente se vê quase toda semana. Nós dois temos disponibilidade para viajar, embora ela venha mais para BH”, conta Igor.

Além da distância, Igor enfrenta outra dificuldade. Marília, sua namorada, é 19 anos mais velha e sua família não aceita este relacionamento. “A gente supera essas coisas. Nada vai acabar com nosso amor”, relata o jovem apaixonado.

O casal Elineia Silvia, 75 anos, e Ronaldo Dias, 74 anos, já estão casados há 27 anos e também convivem com a distância, porém por opção, já que cada um tem sua casa e seu trabalho em lugares diferentes. Elineia, que reside emNiterói, e Ronaldo, em Belo Horizonte, garantem que conseguem lidar bem com a situação e acreditam até que a distância pode ajudar no relacionamento.

Elineia conta que o casal consegue tirar de letra essa distância, e com humor fala que sempre que possível se encontram. “Nos vemos de quinze em quinze dias, depende da saudade e da necessidade”, ressaltou.

Oportunidades A plataforma da rodoviária, também recebe os passos cansados de quem chega e vai em busca do tão sonhado emprego. É o caso de G. S, de 22 anos, que pediu para não ser identificado, que tentou, sem sucesso, encontrar o primeiro emprego de sua vida na capital paulista. Ele estava retornando de uma viagem a São Paulo, onde ficou na casa de sua irmã. “A minha ideia era arrumar um emprego e conseguir me manter. Fiquei por lá mais ou menos 1 mês e meio, mas não consegui nenhum serviço”, conta o rapaz.

Com a situação apertada, ele conta que acabou brigando com seus familiares e foi expulso de casa. Passou por Ouro Branco, onde ficou sabendo de uma vaga, mas não imaginava que para conseguí-la, precisaria de uma indicação. Também sem êxito, está voltando para casa. “Meu dinheiro acabou, estou indo para casa, sem conseguir nada, não tenho nenhum centavo no bolso, o que não falta na minha bagagem é a esperança, ela sim é minha companheira”, afirma.

Em meio a tantas idas e vindas, Gleyson Gomes, 22 anos e Flávia Xavier, 17, estão em lua de mel. Eles se casaram em Coronel Fabriciano, cidade localizada no Vale do Aço, e vieram a Belo Horizonte somente para embarcar para Natal (RN), onde efetivamente passarão a lua de mel.

O casal se conheceu na igreja. Flávia sempre foi muito religiosa, mas Gleyson não. “Há quatro anos eu havia terminado um namoro e meu primo me convidou para ir à igreja, porque eu tava mal. Lá eu conheci a Flávia e aos poucos fui gostando dela”, relata o marido.

O namoro dos dois não foi bem aceito no início, pois, os pais de Flávia achavam que ela era muito nova e não deveria namorar. Aos poucos eles aceitaram o namoro e ficaram muito felizes com a união dos dois.

Missão A religiosidade também passou pela rodoviária, Antônio Rocha Nepomuceno, 48 anos, do Pará de Minas, já está cinco meses longe de casa, ele que trabalha como pedreiro, ganhou de um missionário um quadro de Nossa Senhora Aparecida, e desde então o quadro se tornou companheiro de suas viagens, por onde ele vai, seja a passeio ou ao trabalho o quadro lhe acompanha. “O quadro é meu companheiro, na última obra em que trabalhei no Pará, levei comigo, e levo a palavra de Deus também, esse quadro não pode faltar na minha bagagem”, comentou.

Luis Carlos Ferreira, 59 anos, espera seu ônibus para voltar à sua cidade natal, Perdões, no Sul de Minas. O trabalho de restauração que realiza é sempre ao lado de seus filhos, um trabalho familiar realizado com muita dedicação. “Eu estava trabalhando em um teatro próximo a Nova Lima, estava fazendo sua restauração. Aqui em Belo Horizonte já trabalhei na restauração da Serraria Souza Pinto, e o Museu de Arte e Ofício. Eu vou e volto todo fim de semana para Perdões, onde minha esposa mora. Meus dois filhos trabalham comigo, é tudo bem familiar”, afirmou.

Segundo Luiz Carlos, quando vem a Belo Horizonte realizar esse tipo de trabalho se hospeda no mesmo lugar em que trabalha. “Estico um colchão no chão, ponho um travesseiro que eu carrego e descanso bem. O trabalho é muito cansativo, mas fazendo isso há 38 anos a gente acostuma, e no final é bem satisfatório. Na minha bagagem carrego sempre uma medalhinha de algum santo, mas em especial Nossa Senhora Aparecida”, ressaltou.